Grande movimentação de terra para conter erosão que deixava expostos os tubos de captação de água da Copasa. Fotos: Jornal de Lavras
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A cidade de Lavras há alguns meses corria um sério risco de ficar sem água, um problema que atingiria pelo menos 60% da população e isso incluía hospitais, rede hoteleira, escolas, creches, residências, o Batalhão da PM e muitos outros locais. Isso porque uma adutora da Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), que traz a água do rio Grande, estava exposta devido à erosão do terreno às margens da rodovia BR-265 e, por isso, a Copasa nada podia fazer no local, já que é uma faixa de domínio do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte).
Inúmeros pedidos foram encaminhados a Superintendência do DNIT em Oliveira e ao DNIT de Belo Horizonte, foram ofícios da Câmara Municipal, por iniciativa do vereador Marcos Possato e até da Copasa. O gerente do Distrito Regional de Lavras da Copasa, José Eli de Sousa, encaminhou um ofício ao engenheiro Silvio Duarte Melo, chefe de Serviço da Unidade do DNIT em Oliveira, relatando o problema. No ofício o Gerente do Distrito Regional da Copasa em Lavras informou que às margens da rodovia BR-265, nas proximidades do bairro Serra Azul, no km 350, estava ocorrendo a erosão. Ainda no ofício, de acordo com José Eli de Sousa, a erosão estava colocando em risco uma adutora de água bruta de ferro fundido, e informou que ela era responsável por 60% do abastecimento de água no município e alertou também que o rompimento dessa adutora causaria, além do desabastecimento de água no município, danos gravíssimos à rodovia, devido à alta pressão da água. O Gerente do Distrito Regional da Copasa em Lavras pediu a imediata intervenção do DNIT visando a recuperação da área atingida pela erosão.
A reportagem do Jornal de Lavras esteve na Copasa na época e conversou com José Eli, ele explicou que o perigo estava na junção dos tubos, na chamada bolsa. Segundo ele, a exposição dos tubos poderia fazer com que eles se movimentassem devido a pressão da água e também da trepidação causada pelos veículos de grande porte na rodovia e isso poderia fazer com que a bolsa se rompesse, causando os problemas mencionados.
Na época também a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil elaborou um relatório de ocorrência, alertando ao DNIT sobre o iminente perigo do desabastecimento e da destruição de parte da BR, além de um bairro do lado oposto da rodovia. O relatório da Defesa Civil foi assinado pelo coordenador executivo do órgão, João Paulo Silva Andrade, a exemplo do gerente do Distrito Regional da Copasa em Lavras, pedia imediata intervenção do DNIT no local para evitar o que poderia se transformar em um desastre de grandes proporções.
Depois de diversos apelos, o DNIT atendeu e a obra foi iniciada no dia 27 de maio. A tubulação de ferro fundido foi finalmente coberta e protegida. Para evitar futuras erosões, a Construtora Control, de Belo Horizonte, responsável pela obra, está realizando um trabalho de recuperação de erosão e drenagem no local, foram construídos 200 metros de canal de concreto, com dois metros de largura e 0,70 de altura, por onde as águas de chuva vão correr sem degradar o terreno.
Na parte onde ocorreu a grande movimentação de terra, com terraplanagem e construção de taludes, a construtora deverá plantar grama para segurar a terra. A obra, de vital importância para a cidade, tem um prazo de conclusão de 60 dias.
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