Os moradores de duas cidades do Sul de Minas foram surpreendidos com o destino de seus prefeitos. A primeira cidade foi Santana da Vargem: a justiça condenou, na segunda-feira, dia 5, o ex-prefeito Vitor Donizete Siqueira (PT), o Vitor Elói, como é conhecido naquela cidade, a 15 anos, um mês e três dias de prisão em regime fechado por crimes como peculato, falsificação ideológica e lavagem de dinheiro.
Vitor e sua esposa Sandra Aparecida de Souza foram investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, por suspeita de crime contra o patrimônio público. O casal foi preso em maio do ano passado, juntamente com outras pessoas supostamente envolvidas no esquema de corrupção. A esposa e ex-primeira dama também recebeu a mesma pena.
Na ocasião foram condenados também mais quatro pessoas: Lúcio Bittencourt de Oliveira, ex-motorista da Prefeitura de Santana da Vargem, ele recebeu a pena de 12 anos, 11 meses e 7 dias de prisão em regime, inicialmente, fechado; Luila Aparecida Andrade, ex-assistente social do município, ela fez delação premiada e recebeu uma pena menor: 5 anos, 2 meses e 10 dias em regime inicialmente fechado; Delzone Ribeiro Rezende, ex-presidente de uma associação comunitária, foi condenado a 10 anos, 9 meses e dez dias de regime inicialmente fechado, e Luiz Donizetti Ferreira, que teve cargo comissionado na prefeitura da cidade, ele recebeu uma pena de 12 anos, 11 meses e 7 dias de prisão em regime inicialmente fechado.
O outro caso aconteceu na noite de terça-feira, dia 6: a prefeita de São Lourenço, Célia Cavalcanti (PR), que também foi alvo de investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público de Minas Gerais. Célia Cavalcanti foi cassada pela Câmara Municipal daquela cidade por dez votos a favor e três contrários.
Uma Comissão Processante apurou que a prefeita foi omissa diante da suposta influência de seu marido, o ex-prefeito Natalício Tenório, na gestão do município. Natalício é conhecido naquela cidade como "Tenorinho", ele é neto do lendário Tenório Cavalcanti, o alagoano de Palmeira dos Índios que dominou a Baixada Fluminense nos anos 50 e 60. Dono de personalidade violenta, ele impunha o terror em seus adversários políticos com uma submetralhadora alemã, que ele chamava de "Lurdinha". Tenório trazia a arma escondida em uma capa preta que usava diariamente, o que lhe valeu o apelido de "o homem da capa preta". A história de Tenório Cavalcanti ganhou as telas dos cinemas em 1986, numa obra interpretada pelo ator José Wilker, no filme "O Homem da Capa Preta".
O Tenorinho, marido da prefeita de São Lourenço, segundo apurou a Comissão Processante, tomava decisões na prefeitura, o que caracterizou infração política administrativa. No desenrolar das investigações os integrantes da CP apuraram que ele teria sido o responsável pela nomeação da nova diretoria do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). Além disso, teria realizado reuniões da prefeitura sem a presença da então prefeita.
A reunião extraordinária da sessão de julgamento começou ontem às 13h e durou mais de 10 horas, os moradores e a imprensa de São Lourenço puderam acompanhar a sessão de dentro da câmara e também por telões instalados do lado de fora. Ao final, Célia foi cassada e deixou o prédio da Câmara escoltada por policiais militares sobre vaia dos moradores da cidade.
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