John Stout, o americano que viveu em Lavras e que trabalhou em dois projetos que mudaram a história do mundo: a internet e a chegada do home a lua. Foto: Divulgação
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No dia 9 de outubro de 1957, há 60 anos, a pequena cidade de Lavras foi notícia em todo o mundo, isso graças a um feito de um americano que era professor do Instituto Gammon e Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL), professor John Stout. Ele era formado em engenharia química industrial pela Universidade do Texas, Estados Unidos, diretor geral do Departamento de Pesquisas de Calculadores Balísticos e membro do Estado Maior do Primeiro Agrupamento de Artilharia Teleguiada, dos Estados Unidos.
Naquela noite de 9 de outubro, Stout fotografou, às 19h34, a passagem do "Sputtinik 1", da União das Repúblicas Socialista Soviética; foi a primeira fotografia do satélite Soviético em órbita feita no mundo. O satélite artificial passou sobre Lavras a uma altura de 901 quilômetros e uma velocidade de 8 quilômetros por segundo. O feito do Dr. John Stout repercutiu em todo país e no exterior, durante muito tempo foi convidado a fazer palestras e conferências.
Menos de um mês depois os lavrenses acompanharam atentos o lançamento da cadela Laika, que tornou-se o primeiro ser vivo a entrar em órbita ao ser enviada ao espaço a bordo de uma cápsula soviética. Ela abriu simbolicamente - pagando com a vida - o caminho das estrelas para os seres humanos. O interesse dos lavrenses no início da corrida espacial foi maior devido ao feito do Dr. Stout.
Mais tarde, Stout voltou aos Estados Unidos para trabalhar na NASA. John Stout foi um dos responsáveis pelo envio do homem a lua em 20 de julho de 1969, foi também um dos criadores da Internet, que na época era utilizada para fins militares.
Passaram-se 12 anos e no dia 20 de julho de 1969 os americanos enviaram a Apolo 11, que levou a lua três astronautas. O feito foi especial para os lavrenses, que pararam, a exemplo de todo o mundo, para ver a chegada do homem à lua. Também por assistir a primeira transmissão via satélite do Brasil, exatamente a chegada triunfal Armstrong na lua, com a transmissão ao vivo e a narração do repórter Hilton Gomes, da TV Globo.
Mas o que mais empolgava os lavrenses era saber que naquele projeto tinha um homem que viveu em Lavras por alguns anos e aqui fez muitas amizades e que estava a frente do grande feito. Dr. John Stout não se esqueceu de Lavras e mandou para o museu Bi Moreira uma lembrança: uma placa de bronze que foi confeccionado pela NASA e distribuída às autoridades americanas e algumas internacionais. O museu Bi Moreira ganhou uma.
Agora a Superintendência de Cultura e o Instituto Presbiteriano Gammon vão contar a história deste professor americano que colocou Lavras no mapa do mundo científico e na imprensa mundial: a Casa da Cultura vai abrir ao público uma exposição que contará um pouco da vida deste americano que nunca esqueceu Lavras e sua gente.
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