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Publicada em: 05/11/2016 20:57 - Atualizada em: 06/11/2016 18:08
Tropeirismo: no lombo da mula, rota dos tropeiros em Lavras será revivida
Grupo quer resgatar a história do tropeirismo em Lavras, tropeiros eram os homens que transportavam gado e mercadoria

Tropeiros cruzavam o país levando e trazendo mercadorias que eram vendidas no comércio e nas fazendas. Fotos extraída do livro Retalhos Históricos do Sul de Minas

 

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Lavras foi no passado, nos séculos XVIII e XIX, importante passagem de tropeiros, pois aqui existia a única travessia sobre o rio Grande, ela era realizada na ponte do lugar denominado Funil, a ponte foi construída em 1844 por iniciativa do comendador José Esteves de Andrade Botelho.

Ela era de madeira e coberta com telhas e nas extremidades havia dois lampiões de cada lado. Após a conclusão da ponte, no dia 27 de junho de 1845, foi concedida a "Companhia Amante da Indústria", de Ouro Preto, o direito de explorar o pedágio da ponte sobre o rio Grande, a partir de então, Lavras tornou-se ponto estratégico de tropeiros, que viajavam com suas boiadas, com suas tropas de mulas carregando tecidos, sal, utensílios de cozinha, louças e outros objetos que eram vendidos nas comunidades e na zona rural.

Os tropeiros chegavam à Vila de Lavras e se alojavam no "ponto de parada", um descampado que existia onde hoje é a garagem da Porto Turismo e praça Dr. José Esteves, naquele lugar existia, até bem pouco tempo, uma enorme paineira e sobre sua sombra eles descansavam para seguir viagem. Isso antes mesmo da chegada da ferrovia.

A grande enchente de 1906 levou a ponte de madeira e os tropeiros ficaram sem opção de travessia, isso até 1907, quando a boa notícia correu: no dia 4 de março de 1907 chega a Ribeirão Vermelho a ponte metálica adquirida na Europa pelo governador Francisco Salles, para ser montada sobre o rio Grande no lugar denominado Funil.

Após sua inauguração o pedágio não era mais cobrado e o caminho dos tropeiros ficou novamente movimentado. Os tropeiros existiram até a metade da década de 50. Muitos tropeiros que por aqui passavam por aqui ficaram, constituíram famílias, como o tropeiro Antônio Timóteo, que há 60 anos fundou a tradicional Casa de Couro Santo Antônio, que existe até hoje. Outros tropeiros de Lavras partiram e nunca mais voltaram, se estabeleceram em outras paragens, porque assim era a vida daqueles que abasteciam o comércio, as fazendas e as famílias. Os tropeiros eram partes da vida da zona rural e das cidades pequenas. Muitos caminhos abertos pelos tropeiros foram se constituindo em estradas e os lugares onde ajeitavam seus pousos foram formando vilarejos que se tornaram mais tarde em cidades.

Agora em Lavras um grupo quer resgatar a história do tropeirismo e amanhã, domingo, dia 6, será realizada uma tropeata, um desfile de burros e mulas revivendo a época que levava boiada para outras regiões, trazer tecidos, talheres e novidades vindas da Europa, principalmente da França, para ser comercializadas nos caminhos dos tropeiros.

O desfile de amanhã tem por objetivo resgatar essa riqueza cultural, uma comitiva com 60 burros e mulas sairá às 10h do antigo Centro de Eventos, passará pela região central da cidade e seguirá até o Centro Hípico próximo à Casa da Goiaba. Na chegada haverá a tradicional Queima do Alho, comida típica feita pelos tropeiros na beira da estrada.

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