Airton tentou se explicar, mas não convenceu professoras da rede municipal de ensino (Foto: Jornal de Lavras)
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O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Lavras marcou para terça-feira, dia 3, uma assembleia para decidir se os servidores deveriam decretar ou não uma greve devido ao que eles chamam de "descaso com a classe", por parte do Chefe do Executivo.
Acontece que a reunião não foi realizada, isso porque opositores do Sindicato e que concorrem à eleição agora em maio, acusaram de "manobra" para poder angariar votos, já que a atual direção disputa a reeleição.
A reunião foi marcada para ser realizada na sede do Aymoré Voleibol Clube, e para falar em nome do Sindicato a direção convidou um membro da Direção Nacional da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Airton Ribeiro, da cidade de Varginha.
Airton não conseguiu dar início a reunião, os servidores estavam exaltados. O clima esquentou quando as professoras da rede municipal de ensino chegaram, elas estavam indignadas com Airton e o acusaram de "traidor". Elas disseram que ele enviou uma correspondência ao secretário de Governo José Eustáquio Cardoso, orientando ele a cortar o ponto das professoras que não compareceram ao trabalho no dia 28 de abril, quando elas realizaram um dia de manifestação para reivindicar a recomposição salarial de 11,28%, que elas têm direito e que foi negado pelo prefeito Silas Costa Pereira. Muitas professoras tiraram o dia para manifestar e não se apresentaram ao trabalho.
Airton negou ser o autor da carta, chegou até a fazer insinuações de que o documento teria sido redigido pela parte interessada, no caso, a prefeitura. Porém, caiu em contradição quando falou que o texto teria sido alterado. Aos gritos de "fora vendido", Airton deixou o Aymoré sob vaias.
A versão daqueles que se posicionaram contrários à realização da reunião é de que o Sindicato é conivente com o Executivo, que a reunião foi arquitetada entre eles – Sindicato e Executivo. Uma das alegações era de que em regime de situação de calamidade e emergência financeira, decretado pelo prefeito Silas no dia primeiro de maio, impede a realização de greve.
Os integrantes do Sindicato contestaram alegando que a reunião já estava marcada antes e que a convocação teria sido publicada na imprensa dois dias antes da decretação da situação de insolvência da administração. A direção do Sindicato acusou as outras três chapas concorrentes de desunir a classe trabalhadora.
Os integrantes do Sindicato negam qualquer envolvimento com a administração municipal.
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