Empresário Jorge Marcelino de Lima, neto do fundador Joaquim Marcelino de Lima, que dá continuidade ao empreendimento da família. Abaixo, diplomas de homenagem, fotografias da família Marcelino de Lima e reportagens antigas dos jornais da cidade que contam a história do estabelecimento (Fotos: Jornal de Lavras)
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A padaria mais antiga de Minas Gerais em atividade é de Lavras, é a Padaria e Bar São Jorge, na praça Dr. Jorge, hoje, sábado, dia 5 de março, ela está fazendo 97 anos. Aquele estabelecimento começou a funcionar no dia 5 de março de 1919, por iniciativa de Joaquim Marcelino de Lima.
Este estabelecimento, que está em pleno funcionamento, continua na família: depois de Joaquim Marcelino, foi João Marcelino de Lima, Jorge Marcelino de Lima e Athaíde Marcelino de Lima, o "Tatá da Padaria", como é mais conhecido.
Atualmente a Padaria e Bar São Jorge é de propriedade de Jorge Marcelino de Lima Júnior, neto de Joaquim Marcelino de Lima, o fundador.
Os estudantes do Colégio Evangélico, que mais tarde se transformou em Instituto Gammon, frequentavam a padaria e os produtos mais comercializados naquele estabelecimento eram os famosos picolés, que naquela época eram feitos de polpa de frutas.
E a Padaria São Jorge tem um diferencial: é a única padaria do Brasil a fabricar um pão cuja receita veio das fazendas do sul dos Estados Unidos, que aqui ganhou o nome de "Pão Americano". A receita, que é usada até hoje naquele estabelecimento, foi passada ao Joaquim Marcelino pela família Gammon. Eles trouxeram a receita ainda no final do século XIX, quando vieram para o Brasil.
Samuel Gammon e todos da família frequentavam a padaria, eram fregueses, não apenas eles, mas todos os americanos que moravam em Lavras no século passado, entre eles Benjamin Harris Hunnicutt, o fundador da Escola Agrícola, que hoje é a Universidade Federal de Lavras (Ufla).
Quem também frequentava aquele estabelecimento era John Wheelock "O Conciliador". Wheelock diplomou em agronomia em 1921 e especializou em fruticultura subtropical, na Universidade da Califórnia; também se especializou em ecologia fitopatologia e agrologia. Em 1922 veio para o Brasil para lecionar na Escola Agrícola, onde por várias vezes esteve na direção, já com a denominação de Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL).
A Padaria e Bar São Jorge acompanhou o crescimento de Lavras, sobretudo do desenvolvimento na área educacional - a Padaria e a família Marcelino de Lima.
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