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Publicada em: 25/11/2015 13:12 - Atualizada em: 25/11/2015 16:06
Servidores de Lavras manifestaram na Câmara na segunda e na porta da casa do prefeito na terça-feira
Servidores da Prefeitura de Lavras e servidores demitidos em junho e que não receberam ainda foram à Câmara Municipal

Servidores em manifestação na portaria do Condomínio Aldeia de Sagres, onde mora o prefeito Silas

 

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A reunião ordinária da Câmara Municipal realizada na segunda-feira, dia 23, foi uma das mais movimentadas e agitadas do ano. Os servidores municipais estiveram naquela Casa Legislativa para cobrar dos vereadores uma posição em apoio à greve na Prefeitura de Lavras que hoje, quarta-feira, dia 25, completa 15 dias e sem perspectiva de chegar a um acordo, isso porque os servidores estão irredutíveis e querem receber seus salários atrasados e o Executivo, ao invés de procurar uma solução através da negociação, procura minar o movimento, como fez prometendo aos motoristas da educação o pagamento - segundo os grevistas - através da verba carimbada do Fundeb (Fundo da Educação Básica), algo duvidoso, já que nem todos podem receber através destes recursos, mesmo trabalhando no setor educacional, como as cantineiras das escolas, por exemplo, que são prestadores de serviços. O fato é que se a promessa foi realmente nos recursos do Fundeb, isso pode vir a ser considerado ilegal.

Alguns vereadores se manifestaram e atribuíram o problema ao que eles chamaram de "desgoverno", já outros vereadores, os da situação, para tentar amenizar o lado do Executivo, jogou sobre o presidente da Câmara, vereador Cleber Pevidor, parte da responsabilidade do não pagamento aos servidores por ele, segundo os vereadores, reter dinheiro no caixa da Câmara Municipal, pouco mais de R$ 1,5 milhão, dinheiro que, segundo os vereadores, poderia ajudar no pagamento dos servidores.

O vereador Marcos Possato disse que o problema na administração poderia ser resolvido se fosse feita uma gestão com responsabilidade e cortes. Para Possato, uma solução viável seria a municipalização da coleta de lixo, que hoje paga-se mensalmente cerca de R$ 700 mil e com a municipalização, segundo Possato, cairia pela metade. Possato sugeriu também que todos os secretários oriundos de outras cidades fossem exonerados, já que eles não têm compromisso com Lavras.

Nesse momento Possato foi interrompido pelos gritos dos servidores que em uma só voz gritavam: "Fora Castelo!" "Fora Castelo!" "Fora Castelo!", se referindo ao secretário Municipal da Fazenda, Sérgio Luiz Aguiar Castelo, que está sendo investigado pelo Poder Legislativo por supostas irregularidades em processo de licitação e que, dependendo do resultado, poderá gerar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra ele.

O vereador João Paulo Felizardo disse que "tudo é deficiência da atual gestão". Felizardo disse também que a greve é legal e constitucional, que quem estiver pressionando e fazendo chantagem com os servidores pode até ser preso. Disse também que o prefeito Silas teria acusado ele e outros de fazer a político do "quanto pior melhor", porém, ao contrário, eles estavam devolvendo dinheiro da Câmara para a Prefeitura para ajudar e isso não seria papel de quem estivesse "jogado contra". Felizardo concluiu dizendo: "O senhor é que é fraco". Neste momento os servidores mais uma vez em coro gritaram: "Pede prá sair!" "Pede pra sair" "Pede pra sair".

O vereador José Henrique Rodrigues também falou em redução de custos, falou que isso também deveria ocorrer na Câmara Municipal e citou a diminuição do número de vereadores. Falou também da Área Azul, que poderia ser municipalizada.

O vereador Elias Freire Filho propôs um projeto que impede o pagamento dos fornecedores até colocar em dia a folha de pagamento dos salários dos servidores.

O vereador Leandro Moretti disse que quando fazia parte do governo propôs ao prefeito Silas e ao secretário Castelo que fosse decretado o Estado de Emergência na Prefeitura de Lavras e recorressem ao Governo do Estado, mas que ambos recusaram.

Anderson Marques criticou a gestão e condenou a situação em que os servidores estão, ele disse que salários são sagrados e que devem ser priorizados.

Todos os vereadores manifestaram a favor dos servidores, porém, alguns com reservas para não se comprometer com o Executivo ou por ser da base aliada ou por ter pessoas indicadas por eles em cargos comissionados.

O presidente Cleber Pevidor pediu para a secretária da Câmara redigir um documento de apoio aos servidores para que fosse assinado por todos para ser protocolado na Prefeitura de Lavras. Os servidores deixaram a Câmara Municipal dispostos a lutar até o fim pelo direito básico de receber pelos serviços prestados, ou seja: receber seus salários em dia.

Ontem, terça-feira, eles fizeram uma manifestação na porta da Prefeitura de Lavras depois foram para a porta do condomínio Aldeia de Sagres, onde reside o prefeito Silas Costa Pereira. Segundo a direção do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, a greve continua e seguirá firme até que todos recebam seus salários em dia, sem atraso.

A crise na administração do prefeito Silas Costa Pereira entrou em seu sexto mês e, até o momento, ele e sua equipe não deram mostras concretas de procurar uma saída honrosa. O que se vê até o momento é uma falta de coordenação entre os secretários, cada um tem um discurso e todos se diferem do Chefe do Executivo. A administração até hoje não decolou e Silas não busca uma solução, insiste em manter nos cargos assessores e secretários, com algumas exceções, ineficientes e que ousam enfrentar os servidores que estão sem receber, perseguindo-os e fazendo ameaças constantemente chamando-os de "viúvas do Cherem", se referindo ao ex-prefeito. Já o prefeito Silas, que se expõe nas redes sociais discutindo com mães de alunos e servidores, agora tenta amenizar criando um espaço em sua página do Facebook denominado "Fala prefeito Silas", onde responde perguntas atribuídas a cidadãos que usam apenas o prenome.

O Sindicato se reuniu com os vereadores na manhã de hoje, quarta-feira, e ficou decidido que a Câmara Municipal vai repassar mais R$ 700 mil para a prefeitura poder pagar parte do 13º dos servidores. Vale ressaltar que todas as conquistas até agora dos servidores grevistas foram conseguidas através do Poder Legislativo.

Hoje, quarta-feira, às 14h, os servidores se reunirão na praça Monsenhor Domingos Pinheiro e farão uma passeata pelas ruas centrais da cidade.

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