Marco noturno da Ufla
Os servidores em greve da Universidade Federal de Lavras (Ufla) distribuíram uma "Carta Aberta à População de Lavras", onde eles informam que desde 2005, quando foi sancionada uma lei que possibilitou a implantação de um Plano de Cargos para os Técnicos Administrativos das Universidades, eles estão tentando, junto ao governo federal, segundo eles sem sucesso, a solução de vários problemas decorrentes da lei 11.091.
Eles alegam que, como se não bastasse, desde 2010 a categoria não tem nenhuma reposição salarial, nem mesmo relativa à inflação do período. Disseram também que a universidade brasileira vem enfrentando uma privatização progressiva através da terceirização de seus serviços, o que, segundo eles, compromete a eficiência do Ensino Superior do país.
Os servidores alegam que realizaram 53 reuniões que eles classificaram de "infrutíferas" e, devido a isso, eles optaram pela paralisação. "Não tivemos alternativa a não ser o caminho da greve que atinge hoje 100% das Universidades Brasileiras. Movimento legítimo, previsto e sustentado pela Constituição Federal", alegam os servidores em sua carta aberta.
No documento, que será publicado nos jornais impressos da cidade, os servidores afirmam que gostariam de destacar que: "este movimento é de toda a sociedade brasileira, que tem visto o ensino público e gratuito no país perder sua qualidade. Neste sentido e para que tudo se resolva no mais curto espaço de tempo possível, precisamos do apoio de toda a população, principalmente da nossa cidade, para que os prejuízos causados não sejam maiores do que o da própria degradação do Ensino Público Brasileiro", finalizam.