Négis Rodarte, advogado de Leonardo Nascimento de Assis, que matou a irmã em setembro do ano passado, na cidade de Ribeirão Vermelho
Uma tragédia familiar acontecida no dia primeiro de setembro de 2010 na cidade de Ribeirão Vermelho abalou toda a região: um irmão matou a irmã. Leonardo Nascimento de Assis, na época com 25 anos, metalúrgico que trabalha em Lavras numa grande fábrica de autopeças, foi até a residência de sua irmã, Graziela de Assis Oliveira, 34 anos, funcionária pública, casada com um vereador daquela cidade, e iniciou uma discussão que, segundo vizinhos, em decorrência de problemas com herança.
Em dado momento, Leonardo passou a agredir sua irmã e uma das filhas de Graziela saiu correndo e foi até a casa de um vizinho pedir ajuda. O vizinho correu até o local e encontrou Graziela estendida no chão se esvaindo em sangue, imediatamente socorreu a vítima e a levou para o hospital da cidade, onde Graziela já deu entrada sem vida.
O médico de plantão constatou uma dilaceração no pescoço de Graziela, que seccionou a artéria, provocando imediata hemorragia e queda brusca da pressão arterial, o que causou o seu óbito.
A Polícia Militar deu início a procura do assassino e algumas horas depois o encontrou próximo a ponte ferroviária que atravessa o rio Grande, na divisa com Lavras. Ele recebeu voz de prisão e foi conduzido para a delegacia de polícia daquela cidade. Na época, uma testemunha disse à reportagem do Jornal de Lavras que Leonardo sofria de depressão.
Leonardo está preso e tem como advogado o conhecido criminalista Négis Rodarte. O processo contra Leonardo está tramitando na justiça, no fórum "Pimenta da Veiga", em Lavras. Agora Leonardo poderá deixar a cadeia e se transferir para um hospital, isso porque o advogado Négis Rodarte requereu que fosse realizado em seu cliente exame de sanidade mental, o que foi aceito pelo juiz.
O resultado do exame de Leonardo deu que ele é possuidor de uma perturbação grave de transtorno de personalidade, isso significa que ele é semi-imputável, relativamente incapaz. Leonardo deverá agora, por decisão do juiz Célio Marcelino da Silva, da 1ª Vara Criminal e a pedido do advogado Négis Rodarte, ser transferido para o Hospital Psiquiátrico Judiciário "Jorge Vaz" (HPJJV), na cidade de Barbacena. Leonardo será julgado pelo crime de homicídio em 2012.