José Luiz de Mesquita, a referência negra em Lavras e região. Herma do professor na praça João Oscar de Pádua. Foto Jornal de Lavras
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O vereador Júlio de Melo foi o único parlamentar que lembrou, na reunião da Câmara, realizada excepcionalmente na quarta-feira, dia 16, do Dia da Consciência Negra, data que foi estabelecida por projeto lei no dia 9 de janeiro de 2003, quando foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos do Brasil.
Em Lavras, especificamente, uma figura marcou sua passagem nesta vida, foi o professor José Luiz de Mesquita, responsável pela alfabetização de milhares de pessoas. José Luiz de Mesquita morreu no dia 16 de junho de 1967.
Sobre ele, o vereador Júlio de Melo falou de sua participação na sociedade lavrense como fundador da Euterpe Operária, em 1910; fundou a Sociedade Operária Lavrense, em 1909; fundou e dirigiu o jornal "O Operário"; militou nos seguintes jornais: "O Municipal", "O Município", "O Incentivo", "O Civilista", "Tribuna do Povo" e na "Revista Ilustrada Ei".
Trabalhou para os jornais "O Repórter" e "Ação Social", de São João del-Rei, "O Bambuí", o "28 de Setembro", de Pouso Alegre, "A Abelha" e "O Verbo", de Nepomuceno, "O Operário", de Lisboa, Portugal.
Foi um dos fundadores do "Moreno Esporte Clube", do "Crisântemo Clube", da Sociedade de São Vicente de Paulo, em Lavras, e responsável pelo tombamento da igreja do Rosário pelo Patrimônio Histórico Brasileiro.
O professor José Luiz de Mesquita recebeu três homenagens em Lavras: a primeira foi a denominação de uma rua com o seu nome; a segunda, em 1988, quando o ex-prefeitoCélio de Oliveira inaugurou a herma do Professor na praça João Oscar de Pádua, ao lado da igreja do Rosário; e a terceira, quando seu nome foi dado a uma escola municipal.
Na época, o orador oficial da cerimônia, o jornalista Herculano Pinto Filho, lembrou as qualidades do homenageado e seu trabalho junto à educação e à cultura. Segundo Herculano Pinto, "o prefeito Célio de Oliveira, com seu gesto, não homenageou apenas o educador, mas todos os negros de Lavras, porque José Luiz de Mesquita era a expressão máxima da raça que tanto contribui com o progresso de nossa cidade."