Marcelo exibe seu feito como um troféu no dia dos atos em Brasília
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou hoje, sexta-feira, dia 31, o pedido de liberdade feito pela defesa de Marcelo Fernandes Lima, de São Lourenço. Ele ficou conhecido em todo o Brasil depois que furtou uma réplica da Constituição de 1988 durante os atos de 8 de janeiro. Naquele dia, a cópia estava na entrada do plenário, local mais afetado pela depredação. Desde fevereiro, após reforma realizada no local, as instalações estão funcionando normalmente.
Em janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, entregou ao Supremo a réplica da Constituição, que foi devolvida pelo acusado ao se entregar à Polícia Federal (PF) em Varginha. Ele entregou o exemplar, prestou depoimento na Polícia Federal e foi liberado, porém, o Supremo expediu um mandado de prisão preventiva contra ele. A Polícia Federal o prendeu no dia 25 de janeiro e ele foi levado para a penitenciária de Três Corações, onde permaneceu à disposição do Supremo Tribunal Federal.
Vídeos das câmeras de segurança do STF mostram o momento em que o acusado carregava o bem. Ele foi fotografado e filmado em cima da escultura da Justiça, obra confeccionada em granito pelo escultor mineiro Alfredo Ceschiatti, em 1961. A obra foi criada para decorar o Palácio do Supremo Tribunal Federal. Marcelo subiu na escultura que tem 3,3 metros de altura e 1,48 de largura para poder exibir seu feito.
Quando ele percebeu que seria identificado, procurou a Polícia Federal em Varginha quatro dias depois e entregou a Constituição, na época, ele alegou que havia tomado a peça histórica das mãos de vândalos e que queria rasgá-la; disse que seu gesto era para proteger o exemplar; que no dia, pensou em entregar o exemplar à polícia, mas a situação estava tensa e por isso trouxe para Minas Gerais.
No STF, a defesa de Marcelo alegou que a manutenção da prisão do acusado não se justifica porque ele possui bons antecedentes criminais, trabalha em atividade lícita, é pai de cinco filhos, um deles com deficiência intelectual. Ao analisar o caso, Alexandre de Moraes entendeu que Marcelo deve continuar preso por "representar grave comprometimento da ordem pública".
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