Dom Luiz de Orleans e Bragança, príncipe herdeiro da coroa brasileira, que morreu ontem em São Paulo, onde residia. Foto oficial da Casa Imperial do Brasil
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Morreu ontem, sexta-feira, dia 15, em São Paulo, aos 84 anos, o príncipe Luiz de Orleans e Bragança, descendente da família real que governou o Brasil do sistema monárquico até 1889, quando foi proclamada a República. Luiz era filho de Pedro Henrique de Orleans e Bragança e Maria da Baviera e nasceu em 6 de junho de 1938, em Mandelieu-la-Napoule, na França.
Com a morte de Pedro Henrique de Orleans, em 1981, o príncipe Luiz de Orleans e Bragança passou a chefiar a Casa Imperial do Brasil, organização não governamental que defende o retorno à monarquia. Para os monarquistas, ele era o "legítimo sucessor dinástico de seus maiores, os imperadores Dom Pedro I e Dom Pedro II e a princesa Dona Isabel", conforme nota que comunica sua morte.
A Casa Imperial do Brasil agora passará a ser chefiada pelo irmão de Luiz, Bertrand de Orleans e Bragança. A entidade defende a "restauração da monarquia nas linhas gerais da Constituição de 25 de março de 1824, feitas naturalmente as necessárias adaptações à atual realidade brasileira".
O corpo do príncipe Luiz de Orleans e Bragança está sendo velado na sede do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, em São Paulo, o sepultamento será realizado no Cemitério da Consolação, na capital paulista, às 13h de segunda-feira.
O príncipe Luiz de Orleans e Bragança e seu irmão Bertrand de Orleans e Bragança estiveram em Lavras no dia 23 de maio de 1988, o que foi considerada a primeira visita oficial imperial a Lavras, na época eles vieram para cumprir uma agenda de Dom Pedro II, que viria a Lavras, porém, com a queda da monarquia a visita não aconteceu.
Os príncipes foram recebidos pelo então prefeito Célio de Oliveira e uma comitiva de autoridades, eles passaram o dia na cidade, participaram de um almoço e à tarde voltaram para São Paulo.
Além desta visita oficial, Lavras recebeu também, em 18 de agosto de 1951, uma comitiva de autoridades comandada pelo jornalista Assis Chateaubriand, que veio a Lavras para a inauguração do Posto de Puericultura "Isabel, a Redentora". Entre as autoridades estavam: o governador Juscelino Kubitschek de Oliveira, o ministro Negrão de Lima, vários Secretários de Estado do Governo de Minas, o jornalista Assis Chateaubriand, o conde Francisco Matarazzo Sobrinho, o cientista Cândido Fontoura, o brigadeiro Armando Ararigboia, o coronel Juventino Dias, Valter Quadros, Bernardes Muller, comandante Queirós Matoso, o diplomata Hugo Gouthier, os deputados Benedito Valadares, Carlos Luz, Euvaldo Lodi, Ovídio de Abreu, Maurício Andrade, Sinval Siqueira e os Condes de Paris: o príncipe D. João de Orleans e Bragança, a princesa Fátima de Orleans e Bragança.
A última visita de um membro da família real brasileira a Lavras foi 1995, quando o príncipe Bertrand de Orleans e Bragança esteve em Lavras para divulgar o agronegócio brasileiro, ocasião em que participou da solenidade de lançamento da pedra fundamental do fórum e aproveitou para fazer uma visita a um parente, o empresário Argemiro Bragança, o príncipe esteve na residência de Argemiro e passou uma parte da tarde conversando com a família do empresário, que já estava doente.
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