Alas inauguradas para cumprimento de medidas socioeducativas. Fotos: Jornal de Lavras
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Autoridades dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário estiveram reunidas na manhã de terça-feira, dia 30, no presídio estadual de Lavras, para a inauguração de um pavilhão destinado à apreensão de menores infratores; as autoridades e convidados testemunharam o que será o início do fim da impunidade.
O que foi inaugurado no presídio estadual foram celas para recolher menores infratores, porém, isso é uma medida paliativa, uma medida temporária, já que a cidade será sede de um Centro de Medidas Socioeducativas da Secretaria de Estado de Defesa Social; também, as celas inauguradas não comportarão o número de menores que devem ser retirados do convívio da sociedade, como determia a justiça.
A inauguração do pavilhão vai abrir vaga para 30 internos, mas a demanda é muito maior, são jovens que entraram para o submundo da droga, cometem crimes assustadores e por serem menores de idade acreditam na impunidade; a eles cabem apenas medidas socioeducativas, porém, não tem lugar para que cumpram suas penas.
Alguns menores, certos da impunidade, continuam agredindo, roubando, assaltando e traficando; com esta inauguração espera-se que o problema pelo menos amenize, porque o fim virá somente com a construção do Centro, às margens do anel viário Presidente "Tancredo Neves", ao lado do novo presídio, que também será construído em Lavras.
Na inauguração do pavilhão, o vereador presidente da Câmara Municipal, Evandro Castanheira Lacerda, criticou duramente aqueles que são contra a construção do presídio e do centro para abrigar menores. Ele falou de setores da imprensa que foi contra os poderes Legislativo, Executivo e principalmente Judiciário, e que até abaixo assinado fizeram para a não construção do presídio e retirada do mesmo da área central da cidade.
A juíza Zilda Youssef Murad também usou da palavra e falou da importância da construção do centro e do presídio, ela falou também da responsabilidade da família na educação destes menores. O juiz da Primeira Vara Criminal, Infância e Juventude, Célio Marcelino da Silva, também atribuiu à família uma parcela de responsabilidade. Ele disse que a obra era paliativa e esperava que aquela construção não acomodasse as autoridades, para ele, a construção do Centro de Medidas Socioeducativas é uma necessidade para Lavras e sua região de abrangência.
Além das pessoas já citadas, falaram também um representante da Secretaria de Defesa Social, a diretora do Presídio e o presidente do Conselho Comunitário de Segurança Pública (Consep).
Estavam presentes a solenidade o advogado Silvio César de Castro, representando a prefeita Jussara Menicucci, os vereadores Júlio de Melo e Anderson Marques, advogados, delegados, conselheiros tutelares, o ex-vereador Marcos Possato, que representou o deputado estadual Fábio Cherem, representantes da Secretaria de Defesa Social e convidados.